Já a oposição não ficou satisfeita com a decisão desta tarde. O autor do requerimento e líder do PSDB, Álvaro Dias, afirmou que o ministro ainda não respondeu a todas as perguntas. "Há nitidamente a prática de tráfico de influência. Estamos dando a oportunidade para um ministro, que está sendo duramente acusado, de se defender", disse. Outro tucano, o senador Aloysio Nunes Ferreira, também defendeu a ida de Pimentel ao Senado. "Queremos apenas esclarecer se essas atividades de consultoria têm ou não a ver com a atividade de ministro", afirmou.
Os parlamentares da base aproveitaram para sair em defesa do ministro. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que as consultorias foram prestadas antes de Pimentel assumir o ministério. "A posição do governo é que qualquer denúncia sobre questões públicas serão investigadas. Mas no caso do ministro Pimentel é uma questão privada e o ministro já prestou todas as explicações". Já o senador petista Jorge Viana (AC) disse que Pimentel já esclareceu todos os questionamentos. "Não ficou nenhuma pergunta sem resposta até aqui. Tudo aconteceu depois dele ter saído da prefeitura”.
Já Fernando Pimentel, disse que tranquilo com relação às denúncias feitas contra ele sobre tráfico de influências. Pimentel afirmou que, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, na terça-feira, havia dado as explicações necessárias e que considera o episódio "superado". "Estou tranquilíssimo", afirmou.