A comissão de Fiscalização e Controle do Senado rejeitou na tarde desta terça-feira o requerimento para que o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, preste esclarecimentos sobre sua atuação como consultor. A decisão desagradou a oposição. Já os governistas comemoram a decisão.
A presidente Dilma Rousseff já havia orientado a base governista para que barrasse o pedido de convocação do ministro. A ordem, transmitida nessa segunda-feira aos integrantes da coordenação política, busca preservar um dos ministros mais próximos de Dilma. Pimentel é um dos mais próximos ministros da presidente, manteve sua proximidade com Dilma, apesar dos ataques. A presidente lhe recomendou que resistisse, lembrando que ela mesma foi alvo de diferentes ataques e "sobreviveu".
Os parlamentares da base aproveitaram para sair em defesa do ministro. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que as consultorias foram prestadas antes de Pimentel assumir o ministério. "A posição do governo é que qualquer denúncia sobre questões públicas serão investigadas. Mas no caso do ministro Pimentel é uma questão privada e o ministro já prestou todas as explicações". Já o senador petista Jorge Viana (AC) disse que Pimentel já esclareceu todos os questionamentos. "Não ficou nenhuma pergunta sem resposta até aqui. Tudo aconteceu depois dele ter saído da prefeitura”.
Já Fernando Pimentel, disse que tranquilo com relação às denúncias feitas contra ele sobre tráfico de influências. Pimentel afirmou que, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, na terça-feira, havia dado as explicações necessárias e que considera o episódio "superado". "Estou tranquilíssimo", afirmou.