Apesar do ataque, a direção petista afirma que não deve "subestimar a oposição", que "dirige governos importantes e, mesmo sendo minoritária na sociedade, possui bases eleitorais significativas". "Sua ação, no entanto, hoje se desenrola no plano das denúncias sem coragem de assumir suas concepções econômicas e sociais que são da mesma natureza daquelas geradoras da crise internacional", critica o partido.
A resolução política do PT indica que o partido pretende usar as eleições de 2012 para "sustentar e ampliar" o apoio a seu projeto nacional. A afirmação seria um contraponto à estratégia eleitoral de 2010, quando candidaturas próprias petistas foram prejudicadas em nome da aliança nacional pela eleição da presidente Dilma Rousseff.
A direção reconhece, no entanto, a necessidade de alianças. "As eleições serão também um momento de unidade programática com nossos aliados, compreendendo a necessidade de alianças que devem levar em conta a legítima aspiração de cada partido ao seu crescimento e a posição relativa de força de cada um na sociedade", afirma.
A disputa do ano que vem será "um momento de fortalecimento" do partido. O texto volta a destacar a necessidade de "unidade" da sigla, a exemplo dos acordos que evitaram a realização de prévias para a escolha de candidatos - como foi o caso de São Paulo. "Neste aspecto, por sinal, a definição de candidaturas em São Paulo e Porto Alegre atestam a disposição da militância de entender a unidade como um instrumento para chegar à vitória nas urnas", diz a resolução. O texto também descreve as consequências da crise financeira mundial, responsabiliza o neoliberalismo e defende o controle da economia pelos governos.