A Comissão de Ética designou o deputado Adalclever Lopes (PMDB) relator do caso e intimou os três ausentes a se explicarem formalmente. Eles têm prazo até sexta-feira para fazer isso. Depois disto, o relator tem mais 10 dias para avaliar o conteúdo e pedir diligências que forem necessárias. Segundo o presidente da Comissão, Doutor Viana (DEM), o relator terá poder para requisitar as gravações da sessão, mas ainda não está definido se isso ocorrerá.
Sem atropelar
Viana admitiu que o processo para com o recesso parlamentar. Com a publicação dos requerimentos de apuração do caso em 7 de dezembro, são concedidos 45 dias corridos para a conclusão do caso, prazo que terminaria em 20 de janeiro. Com a interrupção dos trabalhos no Legislativo, a Comissão de Ética tem até 2 de março para definir a situação. Viana não quis antecipar quem estaria sujeito a punição e quais seriam as consequências para os responsáveis pela fraude. Disse, no entanto, que pretende acelerar os trâmites. “Sem atropelar, temos todo o interesse em conseguir essa resposta o mais rápido possível”, disse.
A Mesa Diretora da Casa admitiu o problema e informou, em nota, que vai estudar novas tecnologias para votação, podendo instituir a biometria para autentificar os processos, conforme já ocorre na Câmara dos Deputados e Senado. Todas as senhas dos 77 parlamentares foram trocadas. Os dois deputados que admitiram a ausência em plenário na hora da votação também entraram com requerimentos à Mesa Diretora pedindo investigação, alegando terem sido prejudicados com o episódio.