O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu hoje o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao afirmar que não existe a comprovação de que ele, como sócio da P-21 Consultoria e Projetos Ltda, tenha cometido tráfico de influência. Na sua avaliação, o noticiário da imprensa sobre negócios suspeitos que teriam rendido a Pimentel R$ 2 milhões - em 2009 e 2010, depois de deixar a Prefeitura de Belo Horizonte e de assumir o Ministério - não apresentam provas. "Eu acho que apenas estão noticiando, mas na realidade não há nada provado a esse respeito, para que ele mereça ser julgado e considerado culpado", afirmou.
O presidente do Senado informou que a Mesa Diretora do Senado não teve como brecar o requerimento do líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), pedindo informações ao ministro do Desenvolvimento, porque se trata de um direito constitucional dos senadores. "Nós só fazemos o encaminhamento, nenhum deles deixou de ser encaminhado", afirmou. Sarney lembrou que Fernando Pimentel tem 30 dias para responder às perguntas do líder tucano. E se não o fizer, recairá em crime de responsabilidade, como determina a Constituição.