"Temos de olhar os números desse balanço e reconhecer que houve avanços significativos, mas não podemos achar que está tudo bom" disse Dilma. "Temos de fazer muito mais", afirmou a presidente, citando, por exemplo, que agora será possível gastar todos os recursos do orçamento do programa para que haja uma cobertura completa da população pobre. Durante a solenidade, ela firmou o pacto de adesão com os quatro governadores da região Centro-Oeste, a última a se integrar ao programa.
Dilma destacou que o Brasil Sem Miséria é o grande compromisso que assumiu desde o discurso de posse. Mas lembrou que ele é parte de um projeto de governo. "O Brasil também precisa crescer investir, produzir, consumir, desenvolver-se e ter crédito", disse ela, ressaltando que está empenhada em formar um mercado interno forte para blindar o país das crises externas. "Queremos um país de classe média que consuma e seja capaz de produzir, tanto na esfera das micro empresas, como no setor rural e em toda a cadeia produtiva", afirmou.
Segundo a presidente, o crédito no País hoje se aproxima de R$ 2 trilhões e deve crescer ainda mais. "Lutamos com nossas forças para superação da crise internacional", disse ela. "Não contamos com auxílio de ninguém porque temos a capacidade de produzir, gerar riqueza e exportar. Temos um mercado interno forte e programas de distribuição de renda, como o Bolsa-Família, contribuem para o fortalecimento desse mercado", destacou.
A presidente comemorou o fato de os governadores dos 26 estados e o DF terem firmado com o governo federal o pacto do Brasil Sem Miséria. "Somos um país democrático e nos orgulhamos disso", afirmou, elogiando os governadores dos diversos partidos, inclusive da oposição, que "se associaram de forma harmônica com o governo federal para o resgate dessa dívida histórica". O ponto mais significativo do balanço, para ela "é que a erradicação da miséria entrou definitivamente na agenda nacional", comemorou. "Espero que o Congresso tenha maturidade para priorizar o interesse nacional", arrematou.