Segundo Donato, que será o responsável pela agenda do ministro, também serão discutidas na segunda reunião as estratégias de construção do programa de governo do Haddad. "Estamos formatando isso e a partir de janeiro e fevereiro iniciaremos um processo de discussão com a sociedade sobre os desafios e mudanças necessárias", observou.
Sobre a composição do Conselho Político do PT, ele disse que não há uma estrutura "engessada". São 28 integrantes no total, dos quais 22 estão presentes na reunião. Recentemente, foram convidados por Haddad para integrar o grupo o vereador Carlos Neder, o deputado federal Arlindo Chinaglia, e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.
Novamente, a senadora Marta Suplicy não compareceu ao encontro. O deputado federal Ricardo Berzoini foi um dos primeiros a chegar ao local da reunião. O senador Eduardo Suplicy também está presente.
Expectativas
Na opinião de Donato, a última pesquisa do DataFolha, que apontou entre 3% e 4% as intenções de voto do pré-candidato do PT, reforça a convicção do partido que há espaço para fazer uma "excelente campanha", "estar bem" no segundo turno e "ganhar a eleição". "Ainda temos um ano inteiro pela frente e muita coisa pode acontecer, mas as condições gerais de avaliação do governo Dilma, da influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da péssima avaliação do governo Kassab são fatores estruturais que nos dão esperança de ir bem no processo eleitoral", avaliou.
Donato destacou que a mudança nesta eleição é o Haddad, uma vez que não existe outra candidatura que esteja no campo de oposição ao prefeito Gilberto Kassab. "O Netinho de Paula, do PC do B, está no governo, o PMDB, o Russomanno, o PSDB, entre outros, também. Eles terão dificuldade de criticar o governo Kassab e apresentar alternativas para São Paulo", lembrou.
Sobre possíveis alianças, o presidente do Diretório Municipal do PT disse que o partido manterá conversas com todos os governos e que há negociações adiantadas com o PR.