O relatório final, com 13 páginas, aponta quebra de decoro por parte do prefeito. Para os vereadores da comissão, o petista teve, nas vezes que assumiu o cargo de prefeito no lugar de Hélio de Oliveira Santos (PDT), chance de interromper a ação do grupo apontado pela Promotoria como responsável pelo desvio de recursos e fraudes em licitações, mas não o teria feito. O advogado do prefeito, Hélio Silveira, disse que o parecer da Câmara não tem densidade e é parcial. Silveira pretende usar o tempo de defesa de Vilagra durante a sessão de julgamento.
O petista foi empossado no dia 23 de agosto, após a cassação de Hélio de Oliveira Santos. Vilagra e outras seis pessoas - entre elas a ex-primeira dama Rosely Nassim dos Santos - foram acusados formalmente pelo Ministério Público por supostos crimes de formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e fraude em licitações. O petista teve por duas vezes prisão decretada, sendo que em uma delas chegou a ser detido. As prisões foram revogadas.