O advogado de defesa de Marchetti, Ulisses Rabaneda, considera “completamente infundados” os argumentos do MPE. “São números irreais. Ele trabalhou por presunção”, alegou, avisando que entrará com agravo de instrumento assim que receber a notificação.
O ex-secretário já responde a diversas ações civis públicas em que é acusado de improbidade administrativa - além de inquéritos policiais. Numa das ações, é acusado de ter favorecido a empresa Clautur Viagens e Turismo, na concessão de um linha de transportes intermunicipais. Em outra, é acusado de participar da fraude numa licitação para compra de máquinas. Em um dos inquéritos policiais é investigado por crime de lavagem de dinheiro, tendo como vítima o Estado de Mato Grosso. Existem outros cinco inquéritos policiais e ele responde ainda a uma ação popular junto à 1ª. Vara Federal.
O promotor Zaque não tem dúvidas do enriquecimento ilícito do ex-secretário. Segundo ele, seja em manobras de lavagem de dinheiro ou através de condutas criminosas , não há como sustentar tal patrimônio absurdamente elevado.
As punições contra o ex-secretário começaram em novembro, quando o Tribunal de Contas do Estado (TCE) o declarou inabilitado para o exercício de cargo na administração pública até 2016. A decisão foi por unanimidade.