O juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, aceitou ação civil pública por improbidade administrativa do Ministério Público Estadual (MPE) contra Vilceu Marchetti, que era secretário de Infraestrutura do ex-governador - e hoje senador - Blairo Maggi. Além disso, determinou a indisponibilidade de seus bens em R$ 26.365.000,00.
Segundo o promotor Mauro Zaque de Jesus, autor da ação, o patrimônio do ex-secretário aumentou de R$ 170 mil para R$ 26 milhões em cinco anos - entre 2005 e 2010, quando ele atuou como secretário de Estado.
O ex-secretário já responde a diversas ações civis públicas em que é acusado de improbidade administrativa - além de inquéritos policiais. Numa das ações, é acusado de ter favorecido a empresa Clautur Viagens e Turismo, na concessão de um linha de transportes intermunicipais. Em outra, é acusado de participar da fraude numa licitação para compra de máquinas. Em um dos inquéritos policiais é investigado por crime de lavagem de dinheiro, tendo como vítima o Estado de Mato Grosso. Existem outros cinco inquéritos policiais e ele responde ainda a uma ação popular junto à 1ª. Vara Federal.
O promotor Zaque não tem dúvidas do enriquecimento ilícito do ex-secretário. Segundo ele, seja em manobras de lavagem de dinheiro ou através de condutas criminosas , não há como sustentar tal patrimônio absurdamente elevado.
As punições contra o ex-secretário começaram em novembro, quando o Tribunal de Contas do Estado (TCE) o declarou inabilitado para o exercício de cargo na administração pública até 2016. A decisão foi por unanimidade.