De acordo com a denúncia do Ministério Público, em 2006, quando era presidente da Agência Ambiental de Goiás, Santos foi flagrado em conversas telefônicas, grampeadas com autorização judicial, repassando informações sigilosas do concurso da OAB para facilitar a aprovação de João José de Carvalho Filho, seu subordinado.
As interceptações mostraram que ele entrou em contato com os fraudadores por intermédio da secretária da Comissão de Estágio e Exame da Ordem, Maria do Rosário Silva. Revelaram ainda que ele pagou entre R$ 10 mil e 15 mil para aprovar o protegido nas duas fases do exame.
Sobrevivente até agora da faxina desencadeada no Ministério da Agricultura em agosto, quando caiu o ministro Wagner Rossi, o presidente da Conab é afilhado político do líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO). Ele foi denunciado pelos crimes de supressão de documento público, uso de documento falso e violação de sigilo funcional. Durante a crise na Agricultura, a limpeza na Conab foi colocada como prioridade da faxina determinada por Dilma.
Santos entrou na lista de demissionários, mas acabou sobrevivendo. Na Conab, que administra um orçamento de R$ 2,8 bilhões, o loteamento dos cargos foi dividido entre PMDB, PT e PTB, que agora se engalfinham por hegemonia. "Enquanto essa cultura não for modificada e não houver uma limpa geral na máquina pública, esses erros continuarão ocorrendo", disse o líder tucano.