O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu que ainda não contabiliza o quorum mínimo para começar a votação - ele precisa de pelo menos 54 senadores da base aliada no plenário, a fim de garantir os 49 votos mínimos para aprovar a matéria. Muitos senadores ainda estão em trânsito. Alguns receiam vir a Brasília e ficarem presos na capital federal na semana do Natal, por causa da greve dos aeroviários programada para quinta-feira.
Prazo regimental
Em outra frente, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) vai apresentar uma questão de ordem, pedindo o adiamento da votação, sob o argumento de que não transcorreu o prazo regimental de cinco dias úteis e três sessões plenárias para a realização do segundo turno.
Randolfe afirma que não há previsão regimental para o acordo de líderes que garantiu a extensão do quorum da sessão da última quinta-feira a sexta e segunda-feira, mantendo-se o mesmo painel de presenças. "Isto é flagrantemente um vício de constitucionalidade", diz. Se o questionamento for rejeitado, o PSOL pretende levar a questão ao Supremo Tribunal Federal (STF).