Em pouco mais de meia hora de discussão, o plenário do Senado aprovou, em segundo turno, a emenda constitucional que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2015. Com 55 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção, a base aliada garantiu a vitória mais importante do Palácio do Planalto deste ano no Congresso. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), agendou para amanhã a sessão do Congresso para promulgação da emenda. A presidente Dilma Rousseff também agendou para amanhã uma comemoração com os líderes da base aliada no Palácio da Alvorada.
O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), criticou o tempo recorde de votação da proposta de emenda constitucional: "O governo abriu as burras e quando se abrem as burras, o tempo urge". Duas horas antes da votação, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, recebeu senadores no gabinete da liderança do governo para atender às últimas demandas da base aliada, como a liberação de emendas parlamentares.
Os senadores da base aliada garantiram seis votos a mais que os 49 necessários para a aprovação da emenda constitucional. A sessão começou com uma hora de atraso, porque até as 16 horas - início da Ordem do Dia - não havia garantia de quórum mínimo para que fosse aberta a votação.
O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), aguardava a chegada de três aliados: o próprio líder do PT, Humberto Costa (PE), o líder do PTB, Gim Argello (DF), e o senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA). Nenhum senador da base aliada discursou, apenas os tucanos Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Álvaro Dias (PR), subiram à tribuna para falar contra a matéria.