Aécio ressaltou que é preciso "respeitar a posição" do PSB, atualmente um dos mais fiéis aliados do Palácio do Planalto, mas lembrou que o PSDB já tem proximidade com os socialistas em várias cidades, como em Belo Horizonte, onde os tucanos vão reeditar uma coligação com petistas em torno da reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). Para expandir essa aliança ao cenário nacional, porém, o senador acredita que os tucanos precisam apresentar "um projeto que signifique expectativa de poder, um modelo novo para o Brasil".
"Vamos definir cinco ou seis grandes bandeiras que vão emoldurar as nossas candidaturas, inclusive nas eleições municipais. O PSDB tem que ir definindo, clareando essas suas ideias e, em 2013, vamos ver aqueles que queiram se unir em torno desse projeto. E o PSB tem conosco relações importantes em vários Estados. Temos de dar tempo ao tempo. O PSB hoje participa da base de governo, mas em 2013 ou em 2014 as coisas podem estar diferentes", avaliou o tucano, que voltou a defender prévias para a escolha do nome que disputará a Presidência pela legenda. "Ninguém é candidato de si próprio. Acho que o PSDB tem nomes colocados e, lá na frente, vamos definir quem é o melhor", disse.
Apesar de ser considerado um dos principais nomes da oposição, Aécio afirmou que não pretende atuar diretamente na costura de candidaturas nas eleições municipais de São Paulo e Belo Horizonte. Com relação à capital paulista, o senador mineiro declarou-se favorável ao lançamento de um nome tucano para "fortalecer o PSDB e a candidatura do PSDB trazendo o maior número de aliados possíveis". Mas garantiu que ficará "apenas na torcida", sem se envolver diretamente na questão. "O PSDB de São Paulo não só tem a autonomia. Tem a capacidade, a liderança necessária para construir essa aliança. No nosso caso, ficamos à disposição para ajudar a consolidação da candidatura do PSDB. Nada além disso", sentenciou.