Em Belo Horizonte, segundo o tucano, as conversas com o PSB para as eleições do ano que vem já estão avançadas. Apesar de defender a união entre os dois partidos, o senador disse que a decisão será tomada pelas direções municipal e estadual do PSDB – que também já sinalizaram o desejo em reeditar a parceria. Questionado sobre a participação do PT na coligação, Aécio esquivou-se: “Não é com o PT a nossa aliança. É com o prefeito de Belo Horizonte, que é do PSB, assim como o PSDB está aliado ao PSB em inúmeros estados brasileiros”.
O senador mineiro reafirmou que a partir de março o PSDB vai fazer seminários mensais em todas as regiões do país no sentido de debater temas que vão permear as candidaturas municipais e a federal. “A partir de 2013, aí sim o PSDB tem de dizer com muita clareza o que pensa, o que faria diferente do que está aí”, acrescentou.
Reorganizar Ao avaliar o desempenho do PSDB neste ano, Aécio Neves disse que seu partido, que saiu fragilizado e dividido das últimas eleições, aproveitou para se reorganizar e está vivendo uma nova etapa. “O partido se organiza, se estrutura de forma mais sólida no país inteiro, fortalecendo seus movimentos internos, de juventude, mulheres, sindical”, ressaltou. Para ele, o primeiro ano de governo é daqueles que vencem as eleições e a expectativa se dá em torno daqueles que são cobrados pelas promessas que apresentaram durante a campanha. “Aí eu acho que o governo do PT falhou. A agenda hoje necessária para o Brasil é a mesma agenda de 20 anos atrás. Então, nesse aspecto, o governo passou um ano apenas reagindo. Reagindo às inúmeras denúncias de corrupção, de malfeitos, para usar um termo de que a presidente gosta muito. E acabou o governo perdendo o foco. Não tivemos espaço para discutir os grandes temas”, criticou.