O senador Jader Barbalho (PMDB/PA) foi empossado na tarde desta quarta-feira pela Mesa Diretora do Senado, apesar do Congresso está em recesso parlamentar. A reunião foi conduzida pela senadora Marta Suplicy (PT/SP), vice-presidente do Senado. Como a cerimônia ocorreu ainda em 2011 o senador recém-empossado irá embolsar uma ajuda de custo de R$ 26.723,16, além de R$ 3,3 mil relativos ao salários dos quatro dias em que trabalhará em dezembro. Somando esse montante ao salário de R$ 26.723,13 de janeiro – mês em que praticamente não há atividade no Congresso –, o senador deverá embolsar R$ 57.009,26, somente pelo fato de a posse não ser realizada em fevereiro, quando se inicia o novo ano legislativo.
Nesta terça-feira o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Brito, indeferiu o pedido da senadora Marinor Brito (PSOL/PA), que pedia o cancelamento da reunião da Mesa diretora do Senado, que daria posse a Jader Barbalho. Durante a tarde de ontem, a senadora havia entrado com um mandado de segurança no Supremo com a solicitação de cancelamento da reunião. Na justificativa do pedido, a senadora alega que a convocação extraordinária “contraria dispositivos legais e constitucionais”. Após a liberação concedida pelo STF para que Barbalho assuma a vaga no Senado, ele vai ocupar a vaga que antes era ocupada por Marinor Brito.
A decisão do STF a favor de Jader foi proferida no último dia 14. A corte já havia decidido que a Lei da Ficha Limpa não pode ser aplicada no resultado das eleições de 2010. Em outubro do ano passado, Jader Barbalho foi considero inelegível com a aplicação da lei da Ficha Limpa. Na época, o julgamento terminou empatado e os ministros resolveram manter a decisão da corte eleitoral. Na ocasião, o STF também contava com apenas 10 ministros, devido a aposentadoria do ministro Eros Grau.
Há cerca de duas semanas, o Supremo concluiu o julgamento que garantiu a posse de Jader Barbalho (PMDB/PA) no Senado. O julgamento tinha começado em novembro , mas na ocasião a votação terminou empatada (cinco votos favoráveis e cinco contrários) e foi suspensa na espera da chegada do 11º integrante da corte, o que permitiria o desempate. Entretanto, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, anunciou que a defesa de Jader Barbalho havia protocolado uma petição requerendo que o julgamento fosse concluído antes de o tribunal se manifestar sobre um pedido semelhante de Paulo Rocha (PT-PA), que também disputou uma vaga ao Senado e, assim como Jader, foi excluído da disputa por causa da Lei da Ficha Limpa. Para desempatar o julgamento, o presidente do STF deu o voto de qualidade, ou seja, votou duas vezes, as duas favoráveis a Jader, desempatando a votação do caso.
Com informações de Karla Correia