Ele rebateu as críticas de que teria apressado a posse a fim de garantir o pagamento das "ajudas de custo" devidas aos senadores no início e final de cada ano legislativo. "Não houve pressa e, sim, demora", protestou. Com a posse a quatro dias do fim do ano Jader vai receber duas ajudas de custo no valor de R$ 26,7 mil - uma agora, outra no início do ano -, mais quatro diárias (R$ 3 5 mil), mais o salário de janeiro, mês de recesso parlamentar. Ele afirmou que só quer receber o que tem direito como qualquer senador, "nem um centavo a mais nem a menos".
Homem forte do PMDB, Jader declarou que sua linha de ação será acompanhar a orientação de voto do partido, principal aliado da presidente Dilma Rousseff. Mas ressaltou que deve seu mandato "exclusivamente ao povo do Pará" e, portanto, poderá divergir do governo quando julgar necessário.
Escoltado pelo filho Daniel, de 9 anos - que fazia caretas para os fotógrafos e cinegrafistas durante a coletiva - e pela filha Giovana, de 15 anos, Jader afirmou que se arrepende somente da "passionalidade" com que enfrentou a crise política que o apeou da cadeira de presidente do Senado em 2001. "Foi um gesto de natureza política", minimizou. Ele renunciou para escapar da cassação, em meio à onda de denúncias de desvio de recursos destinados à Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).