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Estado de Minas

Novo protesto contra aumento de 61,8% para vereadores de BH será nesta quinta

Manifestantes pedem que o prefeito Márcio Lacerda (PSB) vete o reajuste dados aos parlamentares


postado em 04/01/2012 18:43 / atualizado em 05/01/2012 11:52

Após o “telefonaço” realizado nessa terça-feira, está marcada para esta quinta-feira, às 17h, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, a quarta etapa do “Manifesto Veta Lacerda”. Ontem, o movimento convocou os moradores da capital a ligarem para o gabinete do prefeito Márcio Lacerda (PSB) para demonstrar repúdio à aprovação do projeto de lei que aumenta em 61,8% o salário dos vereadores de Belo Horizonte.

A manifestação, como das outras vezes, está sendo organizada através do perfil do grupo no Facebook. Até por volta das 18h desta quarta-feira, mais de 290 pessoas confirmaram presença no protesto. “Convidamos toda a população de Belo Horizonte a declarar diante da Prefeitura a sua indignação contra o aumento descabido e exagerado de 61,8% nos salários dos vereadores de Belo Horizonte”, afirma a convocação divulgada no perfil do grupo na rede social.

Apesar de a assessoria de imprensa da prefeitura não confirmar o volume de ligações recebidas nessa terça-feira, várias pessoas confirmaram na página do grupo que entraram em contato nos números divulgados. Desde que o projeto foi aprovado, uma corrente na internet pede para que Lacerda vete o aumento. No dia 21 de dezembro do ano passado, cerca de 200 estudantes, sindicalistas e integrantes de entidades da sociedade civil passaram a manhã na porta da prefeitura em protesto contra o aumento.

No dia 23 de dezembro, munidos de nariz de palhaço e com os olhos vendados, cerca de 100 moradores voltaram a ocupar a porta da sede do Executivo municipal. A assessoria informou que até o início da noite não havia recebido o projeto de lei.

Lacerda considera os protestos “naturais” e nega que esteja sofrendo pressão. “Não é pressão, é a população se manifestando e é bom que isso aconteça, que haja pessoas interessadas no destino da cidade e nas questões que as afetam”, avalia. O prefeito disse que deve conversar com os vereadores antes de definir a situação do projeto. Um grupo de parlamentares, depois da reação popular negativa, decidiu articular um “veto consensuado” com a prefeitura, que teria em paralelo a apresentação de outro texto, com um índice menor. “Estaremos conversando com todos os partidos, ouvindo também as manifestações que vêm das ruas, nossa obrigação é ouvir todo mundo”, afirmou Lacerda.

Prazo

Segundo a Assessoria Institucional da Câmara Municipal, o prazo para encaminhar a proposta do reajuste ao Executivo vence amanhã. O texto não recebeu emendas de redação até sexta-feira, prazo final para possíveis alterações. O presidente em exercício, Alexandre Gomes (PSB), afirmou que vai conversar com os vereadores e decidir se envia até amanhã o texto à prefeitura. Gomes diz ter um parecer que abre possibilidade de deixar o envio para 4 de fevereiro. Ele contesta a informação da assessoria da Câmara e diz que sua informação é do departamento jurídico. Já a assessoria sustenta que sua informação veio da Procuradoria da Casa.

Pelo texto aprovado, o salário de um vereador da capital passa de R$ 9.288,05 para R$ 15.031,76 (75% da remuneração dos deputados estaduais) na próxima Legislatura, para a qual a maioria dos 41 vereadores vai se candidatar à reeleição. O índice aprovado por 22 parlamentares presentes está acima da inflação – nos quatro anos de mandato a previsão é de um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 24,03%.Os três que votaram contra – Neusinha Santos (PT), Iran Barbosa (PMDB) e Arnaldo Godoy (PT) – também não apresentaram emendas modificando a proposta.

Com informações de Juliana Cipriani


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