A equipe responsável pelo tratamento é comandada por João Luís Fernandes, coordenador do Serviço de Radioterapia do Sírio-Libanês. Lula só deve sofrer efeitos colaterais da radiação a partir da terceira ou quarta semana de tratamento. As reações mais comuns são mucosite, vermelhidão, escamação e inchaço na região do tratamento. Com dificuldade para engolir, alguns pacientes emagrecem e passam a ser alimentados por meio de sonda. O ex-presidente tem sido acompanhado por dentistas e fonoaudiólogos para evitar o agravamento de possíveis efeitos colaterais do tratamento. No fim do ano passado, Lula passou por três etapas de quimioterapia.
No hospital, o ex-presidente recebeu ontem a visita do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e assistiu a trechos do jogo entre Corinthians e Santos da Paraíba pela Copa São Paulo. À noite, a assessoria de imprensa do Instituto Lula divulgou conteúdo de mensagem enviada à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, submetida ontem a uma operação para remover um tumor da tireoide. "Eu recebi com muita alegria a notícia de que tudo correu bem na sua cirurgia", escreveu Lula. "E tenho certeza de que estamos juntos e que, em breve, vamos nos reencontrar, ambos com saúde."