Em abril de 2011, um documento lançado pelo diretório municipal deixou claro que, mesmo com a aproximação de Kassab à base da presidente Dilma Rousseff, o PT seria oposição ao PSD na cidade de São Paulo por representar um projeto antagônico. Os petistas rechaçam a possibilidade de Lula levar a proposta de Kassab em consideração e impor um vice do PSD. "O Lula não tem essa intenção. Ele não faria isso", acrescentou Macena.
A aproximação com o partido de Kassab está fora de negociação, garantiu o vereador paulistano José Américo, que integra o conselho político da pré-candidatura de Haddad. "Isso não está em cogitação", reforçou.
Uma liderança do PT vê na movimentação de Kassab o interesse em pressionar o PSDB por uma aliança, seja em torno do nome do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) ou do lançamento da candidatura do ex-governador José Serra (PSDB). "Ele pode ter jogado essa para se valorizar com o PSDB. Acho que não é para valer", avaliou. Kassab também se dispôs a uma aliança com os tucanos, os quais ainda avaliam a proposta. "Acho que ele está dando um cheque mate do outro lado", concluiu o petista.
O presidente do diretório estadual do PT, deputado estadual Edinho Silva, disse desconhecer a proposta de Kassab. Incomodado com os rumores sobre a conversa entre Lula e Kassab, o deputado afirmou que só pretende se posicionar sobre o assunto quando houver uma formalização da negociação. "Esse negócio está muito estranho, não vou opinar sobre isso", ponderou.