"O texto constitucional estabelece ainda a existência do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, este sim, espaço legítimo e representativo destinado a discutir os principais temas do mundo da comunicação", diz a nota. "A proposta de criação dos conselhos nos Estados e municípios, sob o pretexto ideológico de garantir o "controle social da mídia", pretende apenas impor à imprensa limites incompatíveis com a democracia que conquistamos no Brasil."
O secretário de Comunicação da Bahia e presidente do recém-criado conselho, Robinson Almeida, afirma "respeitar, mas discordar" da posição da Abert. "A medida (a criação do conselho) está prevista na constituição baiana de 1989, o que fizemos foi regulamentar", diz. "O conselho não pode interferir no funcionamento da imprensa comercial, ele se restringe à elaboração de políticas públicas para a comunicação social. É um órgão auxiliar do governo do Estado."
De acordo com Almeida, "o governador Jaques Wagner reitera seu compromisso com a liberdade de imprensa e com a democracia". "Esse é o valor maior, que será preservado pelo conselho", afirma.