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Estado de Minas

PMDB não descarta aliança com PSD em SP


postado em 11/01/2012 20:51

A oferta feita pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor uma dobradinha entre PT e PSD para a sucessão da Prefeitura de São Paulo tem levado lideranças nacionais do PMDB a também buscar o apoio de Kassab na disputa eleitoral deste ano. A avaliação de dirigentes do PMDB é de que o aceno político feito pelo prefeito de São Paulo é um indicativo de que o PSD estaria disposto a apoiar candidaturas adversárias à do PSDB, como a do PMDB. Kassab chegou a informar a aliados, no início do ano passado, que trocaria o DEM pelo PMDB, movimento que, articulado pela direção peemedebista, foi abortado meses depois em nome da fundação do PSD. "Um apoio do prefeito seria um grande ganho para a campanha do PMDB em São Paulo", frisou uma liderança do PMDB.

O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), não descartou na manhã de hoje uma eventual composição com o PSD para a corrida eleitoral paulistana, aliança que teria o deputado federal Gabriel Chalita como candidato a prefeito. "O PMDB é um partido que conversa e tem aliança com todos as legendas. Há partidos que têm restrições a outros partidos, mas o PMDB não tem", lembrou o peemedebista. "O deputado federal Gabriel Chalita, tenho certeza, que está aberto para aceitar um vice do PT, do PSDB, do PSD, do DEM, do PTB, de todos os partidos que queiram conversar", acrescentou.

O presidente do PMDB concedeu entrevista coletiva, nesta manhã, ao lado do deputado federal Gabriel Chalita, na sede do diretório municipal da sigla, na capital paulista. O pré-candidato do PMDB negou que tenha havido até o momento qualquer conversa entre PMDB e PSD em torno de uma eventual aliança. "Em nenhum momento houve nenhuma conversa com o prefeito sobre isso", afirmou.

O presidente nacional do PMDB ponderou que ainda é cedo para definir o nome de um vice para o pré-candidato peemedebista e voltou a afirmar que a candidatura de Chalita é "irreversível". Raupp descartou novamente a hipótese do partido abrir mão de um nome próprio pelo apoio ao pré-candidato do PT, Fernando Haddad, uma alternativa defendida por Lula. "São Paulo é uma espécie de vitrine para o Brasil e entendemos que a candidatura do deputado federal Gabriel Chalita é promissora e já se apresenta como vitoriosa."

Raupp disse ainda que a meta da legenda é compor uma coligação que, além do PMDB, agregue de cinco a seis legendas, em São Paulo. No radar do PMDB, estão siglas como o DEM, PTB e PSC. "Eu espero que chegue ao ponto, em alguns meses, de que o posto de vice do nosso candidato seja disputado pelas outras siglas", afirmou.

O aceno feito pelo prefeito de São Paulo ao ex-presidente Lula gerou desconfiança entre lideranças tanto do PT como do PSDB, que avaliaram o movimento político como uma estratégia do PSD para pressionar o Palácio dos Bandeirantes por uma definição em torno de uma aliança da nova sigla com os tucanos. Em troca do apoio à reeleição do governador Geraldo Alckmin em 2014, o prefeito vislumbra a composição de uma dobradinha entre PSDB e PSD à Prefeitura de São Paulo, aliança que teria como cabeça de chapa o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, do PSD. A proposta do prefeito de São Paulo, que encontra respaldo entre aliados do ex-governador José Serra, é vista com desconfiança pela maior parte dos aliados do governador Geraldo Alckmin, os quais insistem que os tucanos lancem candidatura própria nas eleições. A disputa por prévias do PSDB, que escolherá o candidato tucano à sucessão municipal, está marcada para o início de março.


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