Sobre o volume de recursos destinados a Pernambuco, Fernando Bezerra afirmou que isso se deve ao fato de que a maior parte dos recursos terem sido destinados à construção de barragens para “evitar desastres de grandes proporções, como ocorreu em 2010”. O projeto citado pelo ministro, sozinho, recebeu R$ 70 milhões do total de R$ 98 mi direcionados ao estado pernambucano. Bezerra afirmou que a decisão dos R$ 70 milhões teve a anuência da Casa Civil, do Ministério do Planejamento, da Secretária da Presidência e da presidente Dilma Rousseff.
Questionado pelo senador Álvaro Dias (PSDB), sobre o possível beneficiamento de seu filho, Fernando Coelho Filho, do (PSB-PE) Bezerra afirmou que, ao todo, 54 parlamentares tiveram 100% das emendas aprovadas. O ideal era valorizar o Congresso e empenhar 100% das emendas dos parlamentares”, disse.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, saiu em defesa de Bezerra e afirmou que o ministro está sendo acusado por ser nordestino. Vossa excelência está sendo vítima pelo fato de ser nordestino. Acho difícil que se tivesse havido liberação até maior para Estados como São Paulo tivesse essa celeuma. Isso só acontece quando se trata do Nordeste”, afirmou.
Fernando Bezerra aproveitou para reafirmar que “nunca houve indicação ou nomeação de parentes por parte do ministro”, se referindo a nomeação de Clementino Coelho, irmão do ministro, para a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Conforme Bezerra, o que houve foi a vacância do cargo e, segundo o estatuto da Companhia, responde pela presidência o diretor mais antigo.
Concluiu sua apresentação inicial destacando sua atuação política como prefeito de Petrolina (PE), deputado e secretário estadual. Disse nunca ter tido uma conta rejeitada por órgãos de controle, mas não respondeu sobre as ações que o Ministério Público Federal de Pernambuco move contra ele.
Com informações da Agência Estado