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Estado de Minas

Bezerra nega irregularidades e afirma que denúncias são para atingir PSB

O ministro voltou a negar que Pernambuco tenha sido beneficiado no repasse de verbas. Segundo ele, todos os recursos foram destinados conforme avaliação técnica.


postado em 12/01/2012 17:01 / atualizado em 12/01/2012 18:48

Fernando Bezerra em depoimento no Senado(foto: José Cruz/ABr)
Fernando Bezerra em depoimento no Senado (foto: José Cruz/ABr)
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, voltou a negar na tarde desta quinta-feira, em depoimento na Comissão Representativa do Congresso, que tenha ocorrido beneficiamento no repasse de recursos para a Pernambuco. Segundo Bezerra, todos os estados foram beneficiados de acordo com os projetos apresentados e as decisões foram tomadas conforme “avaliação técnica, de forma correta e adequada”. Ele atribui a sucessão de denúncias a uma tentativa de denegrir a imagem de seu partido, o PSB. "(O que se pretende é) atacar a imagem do meu partido, que preserva valores de impessoalidade, probidade e conduta ética", disse.Bezerra também afirmou que o objetivo de seu trabalho é atender a demanda dos prefeitos e governadores de atuar na prevenção de desastres naturais. “Estamos procurando fortalecer a Defesa Civil”.

O ministro começou suas explicações apresentando dados de seu ministério. Bezerra disse que estados e municípios já possuem contratos na ordem de 10,4 bilhões. E que o governo ainda fará investimento de R$ 5,2 bilhões em prevenção. Ainda segundo ele, os investimento no Programa de Prevenção de Riscos e Respostas a Desastres, prevê investimentos de 11,5 bilhões entre 2012 e 2015. E que todos os recursos empenhados nos ministérios foram consolidados pela presidente Dilma Rousseff. Desse total, o Ministério da Integração responde apenas por 12%.

Sobre o volume de recursos destinados a Pernambuco, Fernando Bezerra afirmou que isso se deve ao fato de que a maior parte dos recursos terem sido destinados à construção de barragens para “evitar desastres de grandes proporções, como ocorreu em 2010”. O projeto citado pelo ministro, sozinho, recebeu R$ 70 milhões do total de R$ 98 mi direcionados ao estado pernambucano. Bezerra afirmou que a decisão dos R$ 70 milhões teve a anuência da Casa Civil, do Ministério do Planejamento, da Secretária da Presidência e da presidente Dilma Rousseff.

Questionado pelo senador Álvaro Dias (PSDB), sobre o possível beneficiamento de seu filho, Fernando Coelho Filho, do (PSB-PE) Bezerra afirmou que, ao todo, 54 parlamentares tiveram 100% das emendas aprovadas. O ideal era valorizar o Congresso e empenhar 100% das emendas dos parlamentares”, disse.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, saiu em defesa de Bezerra e afirmou que o ministro está sendo acusado por ser nordestino. Vossa excelência está sendo vítima pelo fato de ser nordestino. Acho difícil que se tivesse havido liberação até maior para Estados como São Paulo tivesse essa celeuma. Isso só acontece quando se trata do Nordeste”, afirmou.

Fernando Bezerra aproveitou para reafirmar que “nunca houve indicação ou nomeação de parentes por parte do ministro”, se referindo a nomeação de Clementino Coelho, irmão do ministro, para a presidência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Conforme Bezerra, o que houve foi a vacância do cargo e, segundo o estatuto da Companhia, responde pela presidência o diretor mais antigo.

Concluiu sua apresentação inicial destacando sua atuação política como prefeito de Petrolina (PE), deputado e secretário estadual. Disse nunca ter tido uma conta rejeitada por órgãos de controle, mas não respondeu sobre as ações que o Ministério Público Federal de Pernambuco move contra ele.

Com informações da Agência Estado


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