Chegou a 11 o número de prefeituras invadidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na Bahia esta semana. A série de ocupações, iniciada na terça-feira, é justificada pelo movimento como cobrança por melhorias na infraestrutura das escolas instaladas nos assentamentos agrários das cidades e como pressão contra o fechamento de unidades de ensino nas zonas rurais dos municípios.
Nesta quinta-feira, as sedes das administrações de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, e Mucuri, no extremo sul do Estado, foram ocupadas. Entre terça-feira e ontem, os manifestantes já haviam invadido as prefeituras de Prado, Camamu, Igrapiúna, Itabela e Itajuípe no sul do Estado, e de Queimadas, Curaçá, Rodelas e Santa Brígida, no norte.
Segundo a direção do MST no Estado, 3,5 mil manifestantes participam das ocupações, que foram feitas "de forma pacífica", de acordo com o coordenador do movimento no sul do Estado, Evanildo Costa. A intenção do MST é chegar a 30 ocupações até o próximo dia 20 - o período foi escolhido por anteceder o início do ano letivo.
A maior ocupação, com cerca de mil pessoas, ocorre em Prado. As sedes das administrações de Itabela e Itajuípe foram desocupadas depois de os representantes do MST serem recebidos pelos prefeitos.