De acordo com Roberto Carvalho, serão vários manifestos. Também se posicionarão pela candidatura própria os grupos de sindicalistas, juventude e movimentos sociais. O presidente não compareceu à entrega do documento dos aliados do prefeito Marcio Lacerda pedindo a aliança. Disse ter outros compromissos e minimizou a inscrição da tese. “É uma falácia dizer que não iria ter encontro. Foi apenas a um pré-requisito de inscrição de uma tese de que as bases partidárias vão decidir”, afirmou.
Um dos principais defensores da dobradinha com o PSDB pela eleição de Lacerda em 2008, Roberto Carvalho agora érompido com o socialista e defende uma candidatura contra ele. “Acho que a experiência não deu certo, daí eu defender a candidatura própria neste instante.” Ele se articula com PDT e PMDB, inclusive com o candidato derrotado à prefeitura Leonardo Quintão, para uma ação conjunta da base aliada da presidente Dilma Rousseff nas eleições. Em função do calendário do partido, que agora discute internamente a posição no pleito, o vice afirmou que as reuniões com outros partidos estão paradas. (JC)
Enquanto isso, disputa no Senado
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), convocou reunião da bancada para o fim do mês para tratar de deliberações sobre trocas de comandos na vice-presidência, nas comissões e na liderança. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) resiste ao cumprimento do acordo firmado em fevereiro do ano passado para ceder a vice-presidência ao colega José Pimentel (PT-CE). “Isso ficou definido lá atrás. O correto seria o cumprimento do acordo”, defende Humberto Costa. Por sua vez, José Pimentel sustenta que o mais importante é manter a “unidade da bancada” e tenta afastar os rumores de que o impasse vai deflagrar uma crise entre os petistas. Marta teria o apoio do governo para continuar na cadeira, já que o seu desempenho no comando de votações importantes para o Executivo – como a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) – agradou o Planalto.