Com a repetição do cenário de destruições no período das chuvas, desta vez com maiores prejuízos em Minas Gerais – 166 cidades do estado já decretaram situação de emergência – e novamente no interior fluminense e no Espírito Santo, serão feitos novos repasses emergenciais para as regiões afetadas. Desta vez, as autoridades já estão avisadas com detalhes sobre os problemas enfrentados em 2011. “No ano passado, fomos chamados a campo para acompanhar o que estava sendo feito, mas essa situação foi excepcional, atendendo pedido das autoridades federais. Este ano ainda não fomos requisitados para ações nos locais”, afirma La Rocque .
Gargalo nas licitações
Segundo o secretário-geral de Controle Externo do TCU, os maiores problemas ocorrem nas obras que são autorizadas sem o processo de licitação. “Por definição, a obra emergencial não precisa ser feita por licitação, mas isso não significa que ela não será acompanhada ou que seja possível contratar qualquer coisa a qualquer preço”, afirma.
Enquanto os tribunais ficam de olho nos critérios legais para que os gastos públicos não esbarrem em erros de projeto ou na falta de documentos necessários para o início das obras, os prefeitos das cidades atingidas pelas chuvas cobram o atendimento a antigas reivindicações.
Para o coordenador da Defesa Civil de Minas Gerais, coronel Luís Carlos Martins, o repasse direto do governo federal para os municípios diminuiria a burocracia nas etapas de transferência dos recursos e prestação de contas. “Ninguém melhor do que o prefeito para saber do que sua cidade mais precisa. Por isso, estamos tentando com a Secretaria Nacional de Defesa Civil uma forma de agilizar esse repasse. Mesmo em situações de emergência, as prefeituras têm como prestar suas contas e se organizar para que as verbas sejam direcionados para as demandas pedidas”, explica.