O partido não sabe ainda quantos candidatos a prefeito terá em outubro. Mas sabe que a tarefa ficará mais fácil nas pequenas e médias cidades. “Nos grandes colégios eleitorais, a disputa será mais difícil, vamos tentar aumentar a capilaridade do nosso partido”, completou Castro. Já o PDT, que viu Carlos Lupi ser apeado do Ministério do Trabalho apesar de declarações de amor a Dilma, tem pré-candidatos em 16 capitais. A crise vivida pelo partido levou a uma mudança na estrutura de comando: Carlos Lupi reassumiu a presidência, mas as cartas nas eleições serão dadas por Brizola Neto (RJ) e Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP).
Para o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, é evidente que o primeiro impacto na imagem do partido foi ruim. Mas ele espera que essa pressão se dilua ao longo do ano. “Com o passar do tempo, o eleitorado vai perceber que são denúncias infundadas”, aposta, embora admita que, no partido, não foi feita nenhuma discussão convincente de como evitar que as denúncias ligando o PDT a convênios irregulares para a capacitação profissional sejam ressuscitadas pelos adversários.
Maior partido do país, com mais prefeituras, vereadores, senadores e a segunda maior bancada do país, o PMDB também é aqueles que mais ministros teve exonerados por Dilma em 2011: Wagner Rossi, na Agricultura, e Pedro Novais, no Turismo. Presidente em exercício da legenda, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) promete viajar pelo país em março, abril e maio para fechar as candidaturas a prefeito e vereador. O partido quer lançar candidatos em pelo menos 22 capitais. “O eleitorado vai perceber que os problemas em nossos ministérios não foram provocados pelo PMDB, são coisas que vinham de gestões anteriores”, desconversou.