O protesto será feito no quilômetro 514, no antigo posto fiscal, a 10 quilômetros de Montes Claros. A intenção dos organizadores é interromper o trânsito por uma hora. Além de prefeitos, a Ammesf pretende mobilizar entidades da região, como lideranças do comércio e indústria, além de produtores rurais.
O presidente da Ammesf, Reinaldo Teixeira, prefeito de Capitão Enéas, salienta que a 251 foi construída há 30 anos e está com a vida útil acabada, não suportando mais o tráfego pesado de caminhões e carretas. Ele disse que, além da recuperação imediata, o objetivo do movimento é a duplicação da rodovia. “A BR-251 é uma rodovia que integra o Norte de Minas com o resto do país. A sua duplicação tem que ser vista como prioridade para o desenvolvimento da região”, afirma Teixeira.
O prefeito informou que já conversou com o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) em Minas, Sebastião Donizete, sobre a necessidade de duplicação da rodovia e elaboração do projeto executivo da obra. “O projeto executivo custará cerca de R$ 4 milhões. Estamos mantendo contados com os deputados federais para que eles destinem emendas do Orçamento da União para o Dnit, a fim de que o projeto possa ser elaborado, pois, somente com o projeto pronto vamos conseguir recursos para a duplicação da estrada”, observa o presidente da Ammesf, lembrando que se reuniu na semana passada com os deputados federais Gabriel Guimarães (PT), José Silva (PDT) e Jairo Ataíde (DEM), que se dispuseram a colaborar com a proposta.
Acidentes
O presidente da Ammesf ressalta que a BR-251 tornou-se muito perigosa, com um alto índice de acidentes. Levantamento da Polícia Rodoviária Federal aponta que em 2011 foram registrados 607 acidentes, com 58 mortos e 437 feridos. Um dos trechos mais perigosos fica na serra de Francisco Sá, também chamado de “curva da morte”. De acordo com a PRF, o trecho mais crítico fica entre Francisco Sá e Salinas – do quilômetro 320 ao 480. Existe um outro percurso com muitos buracos entre Montes Claros e Francisco Sá – do quilômetro 480 ao 500. Por outro lado, a Ammesf divulgou relatório em que indica a existência de 34 pontos de buracos na rodovia. Segundo a entidade, devido à má conservação, houve uma queda de 30% no movimento da BR-251, prejudicando postos de combustíveis, restaurantes, casas de peças e outros tipos de comércio ao longo da estrada.