Outros dois nomes aparecem com menos força, caso Dilma opte por uma alternativa não partidária. Um deles é Jorge Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e que já foi secretário do próprio MCT antes de ser convidado, em 2003, pelo então ministro da Educação, Tarso Genro, para ser presidir a entidade. Por fim, mas com menos possibilidades por ser um nome com menor habilidade política, surge Glaucius Oliva, atual presidente do CNPQ.
Compensação
O PT não faz questão de manter o Ministério de Ciência e Tecnologia, desde que seja compensado com outra pasta. O partido segue de olho em Cidades, hoje ocupada pelo PP. “Tudo vai depender do giro que a presidente fizer nas cadeiras. Ela pode deslocar o PP para uma pasta menor”, disse uma liderança partidária.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, não quer confrontar-se com o Palácio do Planalto. “Até o momento o PT não indicou ninguém nem foi consultado sobre qualquer mudança, que é atribuição da presidente da República”, declarou Falcão. Caso permaneça com Ciência e Tecnologia, os petistas fecharão o apoio ao deputado federal Newton Lima.
Dilma poderia, no entanto, ousar um pouco mais e convidar Ciro Gomes. Mas a presidente precisará fazer uma grande engenharia se quiser implantar essa mudança. A primeira seria definir o destino da Secretaria de Portos, atualmente ocupada por Leônidas Cristino, afilhado político de Ciro. Ela já manifestou a integrantes do governo o desejo de fundir a secretaria com o Ministério dos Transportes. Se não for possível, poderia tirar o PSB da pasta, para que o partido permaneça do mesmo tamanho que tem hoje. “Não estamos reivindicando nada e não condicionamos nosso apoio a presidente a nenhum cargo”, apressou-se a dizer o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.
Vitória
Na outra mudança já confirmada na Esplanada – a secretária de Políticas Especiais para Mulheres, Iriny Lopes será candidata à prefeitura de Vitória –, um dos nomes cotados para assumir é o da atual secretária-adjunta da pasta, Rosana Ramos. Tida como um nome técnico dentro do partido, Rosana faz parte da corrente Articulação de Esquerda, detentora da indicação da cadeira.