Apesar das adesões ao abaixo-assinado, Carvalho tem enfrentado resistência de algumas tendências. Na última sexta-feira, o grupo pró-Lacerda também realizou ato na sede municipal do partido para protocolar as assinaturas necessárias para que a proposta de apoio ao socialista seja apresentada. O grupo capitaneado pelo presidente estadual do PT, deputado Reginaldo Lopes, teve o apoio de 24 filiados. Apesar de o número ser menor, as assinaturas foram suficientes para que a proposta de apoio ao socialista seja apresentada nas prévias. O presidente nacional da legenda, Rui Falcão, também já se manifestou favoravelmente ao reedição da aliança.
Carvalho ainda classificou como "artifício" a proposta de Reginaldo Lopes, de consultar a base petista na Câmara Municipal de Belo Horizonte para ver se os vereadores têm interesse em fazer aliança proporcional com o PSB - o que forçaria também a coligação majoritária. Integrantes da direção socialista, porém, já indicaram que não pretendem fazer a aliança proporcional. "Para os vereadores do PT também interessa a chapa própria. Historicamente, o partido elege no mínimo três pela legenda", declarou Roberto Carvalho.
No ato dessa segunda-feira, lideranças de diversas tendências discursaram em defesa da sigla e em desagravo à administração de Márcio Lacerda. Na opinião de líderes da juventude, de movimentos sociais e de bairro, o projeto político do Executivo municipal provocou o esvaziamento do partido, além de não possuir alinhamento com as causas historicamente apoiadas pelos petistas, como o envolvimento com as causas sociais. Roberto Carvalho afirmou que este é um momento inédito. “É um ato inédito na nossa história. É o primeiro processo petista de discussão para a Prefeitura de BH em que as bases são protagonistas”, destaca.
Com informações da Agência Estado