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Estado de Minas

PT decide em março se terá candidatura própria em BH

A data foi estabelecida após o presidente municipal do partido protociloar abaixo-assinado com mais de cinco mil assinaturas pedindo que a sigla tenha candidatura própria


postado em 17/01/2012 19:16 / atualizado em 17/01/2012 19:38

Dia 25 de março é a data que o PT escolheu para decidir se terá candidato próprio para disputar a a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ou se vai se aliar ao PSDB para trabalhar pela reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB). O prazo foi definido na noite de ontem, após o principal defensor do rompimento com o socialista, o vice-prefeito e presidente do diretório municipal petista, Roberto Carvalho, apresentar abaixo-assinado com 5,2 mil assinaturas defendendo a candidatura própria.

Pelo calendário definido nessa segunda-feira, o partido promoverá debates durante todo o mês de fevereiro. Em 18 de março, será realizado o encontro da legenda onde serão eleitos os delegados que vão definir pela candidatura própria ou apoio ao PSB uma semana depois. Caso a coligação com os socialistas - que já confirmaram aliança com o PSDB - seja rejeitada, o PT define em 15 de abril quem será o candidato que disputará contra Lacerda.

Apesar das adesões ao abaixo-assinado, Carvalho tem enfrentado resistência de algumas tendências. Na última sexta-feira, o grupo pró-Lacerda também realizou ato na sede municipal do partido para protocolar as assinaturas necessárias para que a proposta de apoio ao socialista seja apresentada. O grupo capitaneado pelo presidente estadual do PT, deputado Reginaldo Lopes, teve o apoio de 24 filiados. Apesar de o número ser menor, as assinaturas foram suficientes para que a proposta de apoio ao socialista seja apresentada nas prévias. O presidente nacional da legenda, Rui Falcão, também já se manifestou favoravelmente ao reedição da aliança.

Carvalho ainda classificou como "artifício" a proposta de Reginaldo Lopes, de consultar a base petista na Câmara Municipal de Belo Horizonte para ver se os vereadores têm interesse em fazer aliança proporcional com o PSB - o que forçaria também a coligação majoritária. Integrantes da direção socialista, porém, já indicaram que não pretendem fazer a aliança proporcional. "Para os vereadores do PT também interessa a chapa própria. Historicamente, o partido elege no mínimo três pela legenda", declarou Roberto Carvalho.

No ato dessa segunda-feira, lideranças de diversas tendências discursaram em defesa da sigla e em desagravo à administração de Márcio Lacerda. Na opinião de líderes da juventude, de movimentos sociais e de bairro, o projeto político do Executivo municipal provocou o esvaziamento do partido, além de não possuir alinhamento com as causas historicamente apoiadas pelos petistas, como o envolvimento com as causas sociais. Roberto Carvalho afirmou que este é um momento inédito. “É um ato inédito na nossa história. É o primeiro processo petista de discussão para a Prefeitura de BH em que as bases são protagonistas”, destaca.

Com informações da Agência Estado


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