O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anuncia nesta quinta-feira o reajuste do salário mínimo regional do Estado. De acordo com fontes que participaram da negociação, o aumento deve ser um pouco maior que o concedido ao mínimo nacional, de 14,13%, e valerá a partir de 1º de março. O piso regional de São Paulo possui três faixas - R$ 600, R$ 610 e R$ 620 - e cada uma delas deve receber um reajuste diferente.
Em São Paulo, o mínimo regional existe desde 2007 e sempre recebeu reajuste um pouco superior ao nacional. Mas, neste ano, foi difícil manter a tradição. Assim como a União, o governo paulista considera a inflação do ano anterior mais o Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. A dificuldade é que a inflação em 2011 foi bastante elevada. Além disso, em 2010 o PIB do País cresceu 7,5%, mais que os 6,9% registrados pelo PIB de São Paulo.
Nos anos anteriores, o reajuste do piso paulista sempre superou, mesmo que por muito pouco, o aumento do mínimo do nacional. Em 2008, o nacional aumentou 9,21% e o regional, 9,76%. No ano seguinte, o nacional aumentou 12,05% e o regional, 12,22%. Em 2010, o nacional aumentou 9,68% e o regional, 10,89%. No ano passado, o nacional aumentou 6,96% e o regional, 7,14%. Entre 2007 e 2011, o mínimo paulista acumula um crescimento de 46,34%, frente 43,42% do nacional.
No Estado, há uma quarta faixa do piso, paga a 14 mil servidores na ativa e a 10 mil inativos, que atualmente corresponde a R$ 630. O reajuste dessa faixa ainda seria definido por Alckmin. No ano passado, ao passar de R$ 590 para R$ 630, este piso trouxe um impacto de R$ 21,6 milhões à folha de pagamento do Estado. O projeto de lei que aumenta o mínimo regional será enviado à Assembleia já na abertura dos trabalhos legislativos, em fevereiro.