Segundo ele, a defasagem salarial da categoria é de 15%. "Se sentirmos que o governo quer protelar a negociação, fingir que ela não aconteceu, vamos entrar em greve. Nosso deadline é fim de abril, começo de maio", disse. Embora ainda seja uma possibilidade, o Sindifisco pretende começar a recolher verba extra já em fevereiro para o fundo de greve.
Hoje a reunião será mais ampla e incluirá representantes dos auditores fiscais do trabalho, delegados da Polícia Federal (PF) e advogados e procuradores da Advocacia-Geral da União (AGU). A intenção é que o movimento inclua também servidores de carreiras típicas do Estado, como do Banco Central (BC), Tesouro Nacional e agências reguladoras.
"Os delegados da Polícia Federal estão juntos nesse embate", afirmou o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo, Amaury Portugal. De acordo com ele, a defasagem salarial da categoria, até 2011, era de 14,7%, mas se ampliou neste ano e gira em torno de 20% a 22%.
Para chamar atenção, os delegados ameaçam com greve nos aeroportos e portos do País. Os analistas da Receita se preparam para parar alfândegas em Santos e Manaus. "Faremos tudo que for necessário", afirmou Portugal. "Espero que essa greve não seja necessária", afirmou Delarue.
Planejamento
Com a morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, a secretária adjunta Marcela Tapajós e Silva assume, interinamente, as funções de negociar as demandas do funcionalismo público sobre reajustes salariais. O ministério ainda não informou se ela assumirá o cargo de Duvanier de forma temporária ou definitiva. Os servidores se uniram e ameaçam com uma greve geral caso as conversas com o governo não avancem, como ocorreu ao longo de 2011.
Duvanier faleceu na madrugada de hoje, devido a um infarto no coração. O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Pedro Delarue lamentou a morte de Duvanier e atribuiu a ele o estabelecimento de um canal de interlocução com o governo.
"Ao longo dos últimos cinco anos, Duvanier Paiva atuou como negociador do governo, mas, mais do que isso, foi incansável na construção do diálogo entre o Poder Executivo e os servidores públicos federais", afirmou, em nota divulgada há pouco.
O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo, Amaury Portugal, também lamentou a morte de Duvanier, mas disse que o governo não pode parar. "Esperamos agora negociar nossas demandas com a secretária", afirmou.