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Estado de Minas

PP trabalha com dois nomes para chefiar o Ministério das Cidades


postado em 20/01/2012 08:37 / atualizado em 20/01/2012 08:43

A presidente Dilma Rousseff optou por manter Márcio Fortes na Autoridade Pública Olímpica em vez de nomeá-lo para o Ministério das Cidades. Com isso, resolve duas questões de uma só vez: mantém a estrutura da autarquia criada para gerenciar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e evita um desgaste com a bancada do PP, que não enxergava em Fortes um autêntico representante de deputados e senadores. O nome do deputado Márcio Reinaldo (MG) permanece no páreo, mas aumenta a cotação — com a simpatia do Palácio do Planalto — do atual líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).

Ribeiro reuniu-se na quinta-feira com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ele e o líder do partido no Senado — que acumula a presidência da legenda —, Francisco Dornelles (RJ), foram escolhidos pelos parlamentares para estabelecer o canal de diálogo com a presidente. O líder do PP retornou para a Paraíba e volta a Brasília na próxima quarta-feira para uma nova rodada de conversas. Para não parecer pretensioso, ele segue defendendo o nome de Márcio Reinaldo. O partido quer sugerir pelo menos duas outras opções à presidente, para que ela tenha liberdade de escolha para o substituto de Mário Negromonte.

Articuladores do partido consideram o cenário ideal para a apresentação de uma lista composta por senadores e deputados. Mas Dornelles já disse que não aceita a incumbência e os demais nomes da bancada têm menos viabilidade — ou por pouco peso político ou porque têm “telhado de vidro”. Sob essa análise, confirmam integrantes do PP, Ribeiro tem grandes chances de tornar-se ministro, já que tem boa interlocução tanto com a ministra Ideli quanto com a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a própria presidente Dilma.

Reunião


Caso a presidente resolva de fato indicar o líder do PP na Câmara para o ministério, a bancada de deputados terá que decidir quem assumirá a liderança do partido na Casa. Aguinaldo Ribeiro foi reeleito recentemente para um mandato de um ano. O atual vice-líder é o deputado Jerônimo Goergen (RS), mas não há certeza se ele assumiria o cargo ou se uma nova eleição seria convocada.

Independentemente da saída encontrada, o atual grupo que comanda a bancada permanecerá no controle. O retorno de Mário Negromonte para a Câmara dos Deputados não vai alterar o equilíbrio de forças. O grupo ligado a ele é minoritário no PP. A maioria da qual Aguinaldo Ribeiro faz parte comanda o Senado com Dornelles e também o partido, já que o senador fluminense é presidente da legenda. “Ele (Negromonte) não conseguiu reverter a derrota (a eleição de Aguinaldo Ribeiro) quando era ministro. Como ex-ministro, não tem qualquer força para virar o jogo a seu favor”, disse um integrante da direção partidária.

Sede no Rio


A permanência de Márcio Fortes na presidência da APO sinaliza, também, que Dilma pretende fortalecer a autarquia. Até o momento, o órgão está pouco prestigiado no governo federal. A estrutura é enxuta, mas será transferida em definitivo para o Rio de Janeiro em abril. Na quinta-feira, Márcio Fortes teve uma longa reunião na Casa Civil para discutir o projeto olímpico brasileiro.


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