O Procurador-Geral de Caratinga, Salatiel Ferreira Lúcio, concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira e acusou a oposição do prefeito João Bosco Pessine Gonçalves (PT) de estar por trás da ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Segundo a denúncia, o prefeito teria pago propina aos vereadores do município para aprovar projetos de lei favoráveis à administração municipal. O MP realizou uma operação de buscas e apreensão de documentos e computadores na casa do prefeito, de cinco vereadores, a secretária de Fazenda e de um ex-chefe de gabinete e um ex-secretário. O município está localizado na Região Leste de Minas.
Salatiel afirmou que a intenção da oposição é deixar o atual prefeito com a imagem de corrupto. “com essas informações, tentam jogar para o João Bosco esta imagem de corrupto, o que não condiz com a verdade, pois o João é um homem de caráter, de fé, e trabalha com transparência”, disse. O Procurador ainda ressaltou que João Bosco tomou as medidas na época que as denúncias vieram à tona. “Naquela ocasião, o prefeito tomou as medidas que eram necessárias: exonerou e afastou de seu governo os envolvidos no episódio”, destacou
Segundo balanço do Ministério Público, foram apreendidos 15 computadores, documentos e R$ 30 mil reais em dinheiro. Na casa de um dos alvos da investigação, o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, foram encontradas duas armas, munição e R$ 250 mil em cheques. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão. Todo o material apreendido, com exceção as armas que ficarão sobe guarda da Polícia Civil de Caratinga, será trazido a Belo Horizonte para ser periciado.
A 2ª Promotoria de Justiça de Caratinga, o Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Gepp) e o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate ao Crime Organizado (Caocrimo), órgãos do MPMG, realizaram a operação em parceria com a Polícia Militar e Poder Judiciário daquela cidade.