Ao contrário do que disse nessa segunda-feira, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad só irá mergulhar na pré-campanha do PT pela Prefeitura de São Paulo a partir de sábado, e não hoje, após sua saída do ministério. Haddad, que acompanharia nesta quarta-feira a presidente Dilma Rousseff na homenagem patrocinada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), decidiu ficar em Brasília para organizar sua mudança de volta à capital paulista. Assim, o primeiro compromisso de Haddad será a reunião do Conselho Político de sua campanha no sábado.
Haddad está na mira de Kassab, que vem mantendo conversas telefônicas com o ex-ministro na tentativa de fechar uma aliança entre PT e PSD, para a disputa. Haddad, que teria a oportunidade de estar com Kassab amanhã, não vai à entrega da medalha 25 de Janeiro à presidente Dilma Rousseff e ao governador Geraldo Alckmin. Dilma estará acompanhada da cúpula do PT paulistano.
A proposta de aliança com o partido de Kassab será o tema principal da reunião do Conselho Político de Haddad. Parte dos petistas considera incoerente formar uma chapa com quem, até agora, foi alvo de oposição. Outros consideram que a aliança com o prefeito pode aumentar as chances de vitória de Haddad.
Independente dos avanços nas negociações e do encontro que Haddad deverá ter com Kassab nos próximos dias, os petistas comemoram a presença em "tempo integral" do pré-candidato em São Paulo. Enquanto o pré-candidato do PMDB, deputado federal Gabriel Chalita, já circula pela cidade com agenda eleitoral e mantém negociações avançadas com outros partidos, Haddad seguia dividido entre o Ministério da Educação e os contatos para atrair aliados.
A partir da próxima semana, o petista deverá ter uma agenda ativa de encontros com representantes de partidos e contatos para arrecadar fundos para campanha. "A presença dele é muito requisitada mais pelas atividades de planejamento e de conversas com aliados. Essas amarrações políticas envolvem bastante o candidato", afirmou Américo.