O secretário de Transportes e Obras Públicas de Minas, Carlos Melles, explica que o projeto do Dnit é antigo e estava desatualizado. “O número de carros que trafegam no Anel diariamente subiu consideravelmente e as obras de arte também”, afirmou. Segundo ele, o Dnit e o DER estão trabalhando em conjunto para resolver um dos principais gargalos do estado. “O governador prometeu isso na campanha e está fazendo todo o esforço para cumprir, com o apoio da presidente Dilma. O DER tem mais aptidão para fazer o projeto porque conhece Belo Horizonte”, acrescentou Melles.
Mesmo se o governo federal aprovar o pré-projeto, o estado ainda terá de batalhar para conseguir de fato o que quer: ser o responsável pela licitação do projeto. Caso isso aconteça, ela deve demorar mais seis meses e só a partir daí a obra do Anel será licitada pelo Dnit. A previsão é de que ela fique em torno de R$ 1 bilhão. Conforme informações de fontes do governo, já está quase acertado que o DER será o responsável pela licitação do projeto.
Procurado pela reportagem, o Dnit informou por meio de sua assessoria de imprensa que “as tratativas entre o órgão e o governo de Minas para celebração de convênio para realização do projeto executivo de revitalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte estão em conclusão. Portanto, assim que o convênio for assinado, todas as informações sobre o assunto serão liberadas pelo estado.
POR ETAPAS
A previsão de início das obras, segundo o órgão do governo federal, é junho de 2013, um ano e meio mais tarde do que o esperado pela população. O edital, que ainda estaria sendo feito em Brasília para a elaboração de um novo projeto, divide a via de 26,5 quilômetros em quatro lotes. A primeira etapa prevê melhorias no trecho próximo à Praça São Vicente, no Bairro Padre Eustáquio.
Desde 2010, quando foi publicado o edital da concorrência pública, a obra vem esbarrando em problemas técnicos. Em julho do mesmo ano o TCU suspendeu o edital com suspeitas de gastos acima do estimado, em torno de R$ 300 milhões. Um ano depois, novo relatório do TCU informou que não existiam mais irregularidades no projeto que impediriam a realização das obras. Os valores foram reajustados e pontos questionáveis revistos. Até agora, no entanto, nem a elaboração do projeto está definida.