Durante o discurso, Dilma também disse que o Brasil não enfrenta a crise econômica mundial por ser "diferente" dos outros países e criticou os governos anteriores ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ela, não davam importância à política habitacional. "O nosso modelo é diferente dos outros modelos", afirma. "Para nós, o Brasil vai crescer se as pessoas melhorarem de vida".
Sobre a construção de moradias, Dilma diz que o Brasil "passou mais de 20 anos sem ter uma política real de habitação". "Isso comprova a pouca importância que lideranças políticas e governos deram a uma questão que é essencial", avalia. "A casa é, talvez, a coisa mais importante para qualquer família. É a garantia de segurança, de proteção e acolhimento para nossas crianças, nossos filhos".
O projeto de urbanização da bacia hidrográfica prevê, além da construção da rede de saneamento básico da região, da recuperação ambiental da área, da proteção de encostas e da instalação de rede de iluminação pública, ao custo de R$ 163 milhões, a construção de 2.357 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias com renda de até R$ 1,6 mil. Os investimentos previstos são de R$ 112 milhões.
Além de ter sido citado no discurso de Dilma, o ministro Negromonte também foi o único que teve oportunidade para discursar. Nos quatro minutos em que falou, porém, limitou-se a cumprimentar os integrantes dos governos federal, estadual e municipal presentes e a ressaltar a obra. "É tão importante que ela (a presidente) veio acompanhada de seis ministros de Estado, um fato inusitado".
Além de Negromonte, participaram do evento o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florense, e da Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Padilha, Pimentel e Patriota embarcaram com Dilma, ao meio-dia, para a viagem oficial da presidente para Cuba e Haiti.