Brasília - O presidente do PDT, Calos Lupi, negou nesta segunda-feira que haja um racha dentro do partido por causa da sua volta como mandatário da legenda. Lupi foi eleito presidente do PDT em 2011 e seu mandato vai até 2013. Ele reassumiu o comando do partido no início deste ano depois de ter deixado o Ministério do Trabalho por causa de denúncias de corrupção dentro da pasta.
Lupi deixou a presidência do partido porque a Comissão de Ética da Presidência da República considerou que não poderia acumular as funções de presidente do partido e de Ministro do Trabalho. Lupi pediu licença do PDT.
“Todo partido tem divergência isso é democracia. Tem gente que não gosta da gente. Toda unanimidade é burra. Estou à frente do partido, fui eleito, tenho legitimidade”, disse Lupi durante coletiva depois de reunião da Executiva e do diretório do partido, em Brasília.
Perguntado sobre a indicação de nomes para ocupar a pasta do Trabalho, Lupi respondeu que o partido quer continuar no comando dessa pasta, mas não há nenhuma lista e a decisão sobre nomes cabe a Presidenta Dilma Rousseff.
“Nomes indicados pelo partido ainda não há. Temos que aguardar a Presidenta Dilma dizer o que ela quer, que tipo de perfil ela quer. Hoje referendamos que o partido apoia a base do governo, independente de cargos em ministério. Só não teve ainda uma conversa com discussão de nomes. Acho que [essa conversa] deve ser antes do carnaval. Mas isso depende da manifestação dela”, disse Lupi.
Mais cedo, o vice-presidente do PDT, deputado André Figueiredo (CE), disse que há dois nomes fortes dentro do partido para o comando do ministério, o de Manuel Dias (secretário-geral) e o do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS).
A pasta do Trabalho está sob comando interino de Paulo Roberto dos Santos Pinto desde a saída de Carlos Lupi.