Brasília – O embaixador do Haiti no Brasil, Idalbert Jean-Pierre, disse à Agência Brasil que a visita da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira ao país é aguardada com “grande expectativa”. O diplomata acrescentou que, apesar das dificuldades existentes na região, o Haiti avançou nos últimos dois anos após o terremoto de 12 de janeiro de 2010. “Houve progressos, mas ainda há muito o que fazer. E, o Brasil é um grande parceiro”, disse ele.
Um dos destaques da viagem de Dilma a Porto Príncipe será a visita ao batalhão brasileiro da Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (Minustah). Durante a visita, Dilma pretende elogiar a atuação dos brasileiros no Haiti. O Brasil lidera a missão desde a sua criação em 2004, além de ser o maior contribuinte de tropas – são 2.193 brasileiros em um total de 11,6 mil militares.
Na tentativa de ajudar os haitianos, o governo brasileiro resolveu atuar em três frentes - a participação no processo de reconstrução, a cooperação bilateral - técnica, de assistência humanitária e cooperação nas áreas de saúde e educação- e o apoio aos trabalhos da Minustah.
Pelos dados do Escritório do Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Haiti, entre 2010 e 2011 foram doados ao país cerca de US$ 2,38 bilhões. Mas ainda há US$ 2,1 bilhões para serem transferidos. Apenas o Brasil repassou US$ 114 milhões ao Haiti. O governo brasileiro integra o comitê diretor do Fundo de Reconstrução do Haiti (FRH), gerido pelo Banco Mundial, cuja atribuição é direcionar os recursos para projetos específicos.
O governo brasileiro também integra a Comissão Interina para Reconstrução do Haiti (CIRH), criada em abril de 2010 com o objetivo de elaborar o planejamento estratégico e a coordenação da ajuda internacional ao país. A comissão é copresidida pelo primeiro-ministro do Haiti e por Bill Clinton, ex-presidente norte-americano que é o enviado especial das Nações Unidas para o país.