Em dezembro do ano passado, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) entraram com mandado de segurança no STF pedindo o fim das investigações. As entidades alegavam que a Corregedoria do CNJ quebrou sigilo de cerca de 216 mil juízes e servidores.
Apesar de a ação ter sido distribuída para Barbosa, o caso foi parar no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski porque o relator original já não estava no gabinete, e as associações entendiam haver urgência. Por precaução, Lewandowski decidiu suspender as investigações do CNJ enquanto o caso não fosse melhor explicado, já que aquele era o último dia de trabalho no STF antes do recesso de fim de ano.
Ao requerer a troca de relator hoje, a AMB, a Anamatra e a Ajufe alegam que outra associação de juízes, a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) havia solicitado a mesma interrupção das investigações do CNJ, porém, três dias antes. Citando o regimento interno do STF, as entidades argumentam que quando há duas ações sobre o mesmo assunto, o caso deve ficar sob responsabilidade do ministro que recebeu o processo primeiro, no caso, Fux.