O deputado estadual Cássio Soares (PSD) foi convidado pelo governador Antonio Anastasia para assumir a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), em substituição ao também deputado estadual Wander Borges (PSB). Borges assumirá a Regularização Fundiária, mantendo a cadeira do suplente Delvito Alves (PTB). Com uma bancada de 14 deputados, o PSD pleiteava há alguns meses “espaço político” correspondente no governo do estado. A legenda, que tem a Secretaria de Estado de Gestão Metropolitana, pretendia abocanhar a pasta de Transporte e Obras Públicas ou a da Saúde, consideradas estratégicas.
Eleito em primeiro mandato pelo PRTB, Cássio Soares filiou-se ao PSD a convite do deputado federal e secretário de Estado de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira. Ao assumir a Sedese, abrirá uma suplência para Glaycon Franco, que também concorreu pelo PRTB.
Não foi fácil a costura política dentro do PSD para “convencer” a bancada a aceitar uma pasta menos central. Os deputados federais Geraldo Thadeu, Ademir Lucas, Marcos Montes e Diego Andrade não ficaram satisfeitos. “É um partido importante que compõe a base. Já tem um secretário (Alexandre Silveira) e agora terá outro”, afirma o governador.
São esperadas novas mudanças no secretariad. Na Controladoria Geral do Estado, Moacyr Lobato de Campos Filho tentará entrar na lista tríplice do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para vaga de desembargador. Para a pasta de Transporte e Obras Públicas é intenção do governador indicar um técnico, em substituição ao deputado federal Carlos Melles (DEM), que tem enfrentado problemas de relacionamento com o empresariado e com a própria equipe. Mas é forte a pressão política exercida pela direção nacional do DEM, aliada do senador Aécio Neves. A queda de braço tem desenlace incerto. (Colaborou Daniel Camargos)
Condenação
O secretário do Desenvolvimento dos Vales Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas, Gil Pereira (PP), foi condenado a perda dos direitos políticos por três anos por causa de uma entrega de lotes para a população carente de Juramento, em 2004. O secretário pode recorrer no Tribunal de Justiça da decisão da Justiça de Montes Claros, a 34 quilômetros do município. Na época, Pereira era pré-candidato à Prefeitura de Montes Claros. “Não fui como candidato a prefeito, até porque não concorria em Juramento. Fui como deputado estadual votado na cidade. Vou recorrer e tenho confiança absoluta de que vou ser inocentado pelo Tribunal de Justiça”.