Nessa segunda, o ministro teve um almoço sigiloso, no qual, segundo seus assessores, pode ter feito o convite para o presidente da Casa da Moeda. A expectativa é de que os futuros diretores da estatal, responsável pela fabricação de todo o dinheiro que circula no país, sejam divulgados ainda esta semana.
Mantega não esconde a irritação com a proporção tomada pela demissão de Denucci, que teria recebido US$ 25 milhões em propina. Os recursos teriam sido depositados em paraísos fiscais. O ministro resistiu o quanto pôde a comentar o assunto, apesar de o controle da Casa da Moeda ser da Fazenda. Mas, na sexta-feira, ele foi obrigado por Dilma a se posicionar, jogando a culpa da nomeação de Denucci para o PTB. O partido, no entanto, garante que apenas endossou o nome sugerido por Mantega.
Segundo o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), Mantega o teria procurado para que apadrinhasse Denucci. Ao Estado de Minas, o deputado ressaltou que ainda não foi acionado pelo ministro para conversar sobre como será processo de substituição dos diretores. “Vamos esperar os nomes que o ministro trouxer e vamos analisá-los, como sempre fazemos”, disse, lembrando que o partido havia sugerido mudanças na autarquia depois que a Receita Federal multou Denucci em R$ 3,5 milhões por lavagem de dinheiro.