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Estado de Minas

Para Marco Maia, demissão na Casa da Moeda não é motivo para convocação de Mantega


postado em 07/02/2012 16:26

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse nesta terça-feira que não vê necessidade de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ser convocado para prestar esclarecimentos sobre a troca de comando na Casa da Moeda no plenário da Casa. A proposta para convocação do ministro foi apresentada hoje pelo líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Buenno (PR).

Segundo Marco Maia, a decisão de convocar ou não o ministro cabe às comissões. Para ele, o plenário da Câmara tem servido como palco para “grandes discussões” de temas relevantes e de interesse nacional. Maia não considera que as explicações de Mantega se enquadrem nesses critérios. “Na minha avaliação, esse assunto não dialoga com a realidade do nosso plenário. Ele é um espaço nobre, que temos utilizado para fazer os grandes debates da sociedade, na área da saúde, da Previdência. Os grandes temas são tratados no plenário. Esta questão não é um grande tema nacional. É um tema específico que deverá ser remetido às comissões da Câmara para que elas analisem a necessidade ou não da vinda do ministro”, disse Marco Maia.

Mesmo contrário a convocação de Mantega, o presidente da Câmara disse que o requerimento de convocação será posto em votação. Ele ponderou que, no ano passado, o ministro Guido Mantega esteve diversas vezes na Câmara para prestar esclarecimentos pedidos pela oposição.

“Na verdade, esse é um debate que deverá ser tratado nas comissões, quando estas forem formadas. Não vejo nenhum problema de o ministro vir à Câmara falar sobre qualquer assunto. Aliás, o ministro, em todas as oportunidades em que foi convidado para falar na Câmara, veio com a maior tranquilidade e presteza. Agora, neste caso especifico, não sei se há a necessidade”, argumentou Maia.

No início da semana passada, o diretor da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci foi demitido na véspera de o jornal Folha de S.Paulo publicar uma reportagem que o aponta como suspeito de ter transferido US$ 25 milhões para duas empresas no exterior registradas nos nomes dele e da filha. Para o líder do PPS, Mantega precisa esclarecer quem foi o responsável pela indicação de Denucci para o cargo.


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