Nervoso e lívido diante do desconforto de reconhecer de público o "ato falho", o senador do PT ensaiou uma canelada no colega. "Se a gente tivesse deixado, até a Petrobras tinha ido embora", atacou, no que foi prontamente contestado. "Privatizamos o que tinha que ser privatizado. O PSDB nunca falou em privatizar a Petrobras", rebateu Aécio.
O tucano insistiu que o PT segue a cartilha do PSDB no governo, aprovando até o Proer (programa de socorro aos bancos), ao qual os petistas reagiram à época com o "Fora FHC". E concluiu prevendo que, depois de "satanizar" o tucanato na campanha por conta das privatizações, "o PT terá de encontrar outra forma de contestar o PSDB".
Retomando o tom cordial, Lindbergh falou da dificuldade de debater com "o mais simpático e mais competente senador do PSDB". A partir daí, a troca de afagos evoluiu para lançamentos mútuos de candidaturas. "O Aécio tem tudo para ser um dia presidente da República. Mas não vai ser agora", disse o petista para delírio do presidenciável do PSDB.
"Lindbergh é o PT moderno, não tem nada com isso (o fora FHC). Se ele for governador do Rio, fará concessões", disse o tucano, para quem a presidente Dilma deve um pedido de desculpas ao PSDB em nome do PT, e à Nação, pela demora em privatizar os aeroportos.