O pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, criticou nesta manhã a atual administração da capital paulista e disse que não se aliará ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.
Chalita evitou comentar a declaração da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que afirmou se recusar a subir no palanque com o prefeito de São Paulo. "A Marta fala por ela."
Apoio do PSC
O pré-candidato participou nesta manhã do anúncio do apoio do Partido Social Cristão (PSC) ao PMDB na disputa municipal. A aliança deve acrescentar ao palanque eletrônico do PMDB 40 segundos, somados aos cerca de quatro minutos a que o partido tem direito. Chalita negou que a aliança represente a entrada da temática religiosa na campanha eleitoral, uma vez que o PSC é um partido de vertente cristã.
"Não é uma campanha religiosa, é uma campanha para a Prefeitura de São Paulo, para administrar uma cidade que é uma megalópole", afirmou, negando que temas como o aborto sejam decisivos em uma eleição municipal. "Uma eleição municipal é menos ideológica e mais ligada à gestão da cidade."
Chalita ressaltou que a cidade de São Paulo apresenta muitos problemas sociais e que a percepção atual da população é de abandono da capital paulista. Ele considerou que o Brasil aprendeu bastante com a eleição presidencial de 2010, quando, segundo ele, o tema religioso foi tratado de forma equivocada. "O problema da eleição de 2010 foi o da boataria. Criou-se uma rede de boataria, frases que a presidente Dilma não havia dito foram atribuídas a ela."
O pré-candidato ressaltou ter a expectativa de que a eleição à Prefeitura de São Paulo seja "elegante e correta", sem ser de "subsolo". Ele afirmou ainda que tem uma boa relação tanto com a presidente Dilma Rousseff quanto com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e que, caso seja eleito, pretende dialogar com as duas esferas de governo.