Dentre as capitais, o PT está de olho, além de manter as atuais, em conquistar Porto Alegre, Salvador e São Paulo. O partido também trabalha para aumentar sua presença no interior em Estados em que, estrategicamente, compense renunciar a uma candidatura na capital.
Um caso ilustrativo é Belo Horizonte. Na capital, o partido deve apoiar a reeleição do socialista Márcio Lacerda. Mas espera contar com apoio para, por exemplo, fazer do deputado federal Gilmar Machado, atual vice-líder do governo no Congresso, prefeito de Uberlândia, cidade do triângulo mineiro e segundo maior colégio eleitorado do Estado, com mais de 420 mil eleitores.
PSD
"Vamos ter que compor as alianças em cima do programa dos partidos", avisou Eduardo Pereira, prefeito de Várzea Grande (SP) e um dos coordenadores das prefeituras petistas no Estado. Pereira disse que não recusa sequer a aliança com o PSD, de Gilberto Kassab. Desde que, frisou, o novo partido se sujeite ao projeto do PT. Os petistas querem aumentar a pequena participação no Estado: administra apenas 60 das 645 prefeituras muitas delas sem grande importância política.
Na Bahia, o PT pretende crescer com a ajuda do PSD em cima do "carlismo", do DEM, e do PMDB, do cacique Geddel Vieira Lima. Em 2008, a legenda elegeu 69 prefeitos, mas agora já conta com 81. A meta para outubro é eleger pelo menos cem prefeitos. Uma articulação operada pelo vice-governador baiano, Otto Alencar, cacique do PSD no Estado, reduziu ainda mais as duas legendas.
"O PSD atuou muito no espaço que antes era ocupado pelo DEM", afirmou Moema Gramacho, uma das coordenadoras das prefeituras do PT no Nordeste e prefeita de Lauro de Freitas (BA). O PT espera aumentar em 20%, nas contas de Moema, a participação dos 300 prefeitos aliados ao governador Jaques Wagner. O Estado tem 417 municípios.
Entre os dias 14 e 16 de março, o PT marcou novo encontro com prefeitos em São Paulo. A ideia é apresentar no evento um conjunto de ações que os prefeitos petistas têm desenvolvido nos seus municípios.