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Estado de Minas

Dilma cobra empenho e apoio da base

Presidente se reúne com líderes aliadas no Congresso e pede aprovação de temas polêmicos. Na área comercial, recebe representantes chineses


postado em 13/02/2012 08:09 / atualizado em 13/02/2012 08:26

Empenhada em apressar a votação de projetos prioritários ao governo, Dilma Rousseff se reunirá esta semana com presidentes e líderes dos partidos aliados na Câmara e no Senado para o primeiro encontro do Conselho Político deste ano. Com o retorno dos parlamentares às atividades, Dilma pedirá à base colaboração para dar andamento a temas polêmicos, após uma apresentação inicial do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na qual ele fará um balanço da economia brasileira.

A presidente reforçará a necessidade de apoio para a aprovação do texto do Código Florestal da forma como foi aprovado no Senado, para evitar problemas com a bancada parlamentar ruralista. Outro projeto prioritário é o que cria um fundo de previdência complementar para os servidores públicos (Funpresp). A matéria chegou a ser colocada em pauta na última quarta-feira, mas, de última hora, teve a votação cancelada pelo presidente da Câmara, Marco Maia. O deputado teria se aborrecido com as mudanças feitas na diretoria do Banco do Brasil. O governo quer aprovar o fundo logo após o carnaval. Também será abordado o projeto que estabelece regras para a distribuição de royalties do pré-sal. A polêmica em torno do tema envolve, principalmente, os estados produtores, que temem perder arrecadação com a partilha. O Rio de Janeiro estima uma redução de R$ 49 bilhões até 2020, caso o texto seja aprovado da forma como está no Senado.

As greves de policiais e bombeiros militares que foram deflagradas na Bahia, no Rio de Janeiro, no Ceará e em Pernambuco também estão entre os temas que serão abordados por Dilma. Apesar de enfraquecidas, as paralisações seguem preocupando o Planalto. A presidente irá discutir com os parlamentares formas de evitar que os episódios se repitam em outros estados e lembrar que a questão vai além dos reajustes nos salários. O governo não quer ceder à pressão para a votação da PEC 300, que prevê a criação de um piso salarial único para a categoria.

A semana da presidente também será marcada por compromissos que miram a ampliação das parcerias comerciais do país. Dilma Rousseff receberá no Palácio do Planalto o vice-primeiro-ministro da China, Wang Qishan, e o primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen. A segunda-feira de Dilma Rousseff começa com o encontro com a delegação chinesa na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Consertação e Cooperação (Cosban). A reunião será tocada por Wang Qishan e, representando o governo, pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Ele esteve no começo do mês com alguns ministros para preparar a agenda do encontro. Entre eles, estavam Mendes Ribeiro (Agricultura), Guido Mantega (Fazenda), Edison Lobão (Minas e Energia), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Aloizio Mercadante (Educação) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Dilma participou de alguns momentos da reunião.

Delegação

Parte da delegação chinesa chegou a Brasília ontem. Fazem parte dela 14 autoridades do governo, entre ministros, vice-ministros, secretários e presidentes de bancos estatais. Além do encontro com a presidente, eles também devem se reunir com empresários brasileiros. Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, desde 2009 a China é a maior parceira comercial do Brasil e a principal fonte de investimentos. Só o superavit comercial com a China, que foi de R$ 11 bilhões em 2011, representa 38% do superavit global do país. Representante de um parceiro menor, o primeiro-ministro da Finlândia também será recebido pela presidente. Jyrki Katainen vem para ampliar as relações comerciais entre as duas nações.


Dilma embarcará ainda, às 13h, para o Rio de Janeiro, onde prestigiará a posse da nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster. A executiva Graça Foster, como é conhecida na Esplanada dos Ministérios, é amiga da presidente e será a primeira mulher a comandar a estatal.

PPS pressiona Gilberto Carvalho

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno, vai protocolar hoje um pedido para que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, explique-se no plenário da Casa sobre as denúncias de tráfico de influência. Reportagem da revista Veja mostra e-mails trocados entre o então chefe de gabinete do ex-presidente Lula e a advogada Christiane Araújo de Oliveira, funcionária de Durval Barbosa. Ela pede a Carvalho que interceda a Lula pela indicação do promotor Leonardo Bandarra ao cargo de procurador-geral de Justiça do DF. Em troca, Christiane teria convencido Durval a entregar aos órgãos de investigação os vídeos que comprovavam o esquema de corrupção que ficou conhecido como Caixa de Pandora.

R$ 49 bilhões

Previsão de perda de arrecadação do Rio de Janeiro com royalties até 2020


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