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Estado de Minas

Tucanos reagem à pressão do partido por José Serra


postado em 15/02/2012 07:45 / atualizado em 15/02/2012 07:46

As pressões internas do PSDB para que o ex-governador José Serra entre na disputa pela Prefeitura de São Paulo, intensificadas nos últimos dias diante dos passos cada vez mais ousados do prefeito Gilberto Kassab (PSD) em direção ao PT na capital, provocam forte reação dos quatro pré-candidatos tucanos que temem uma ação da cúpula da sigla para engavetar as prévias, marcadas para 4 de março.

O prazo para inscrição nas prévias terminou nessa terça. Serra não se apresentou como pré-candidato. Diante da pressão dos tucanos, especialmente dos gestos do governador Geraldo Alckmin, líderes do PSDB avaliam que Serra, antes totalmente refratário à ideia, estaria mais aberto em relação à entrada na disputa, embora não haja ainda nenhuma decisão.

O cenário, porém, mostra um PSDB fragmentado em função da indefinição de José Serra. Três dos quatro pré-candidatos - os secretários Andrea Matarazzo (Cultura) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli - disseram ao Estado que continuam na disputa. O secretário Bruno Covas (Meio Ambiente) não se manifestou.

“As prévias são irreversíveis, estão aí, e sou pré-candidato. Espero ganhar. (O Serra) se inscreve e segue o procedimento”, declarou Aníbal. “O procedimento decidido pelo partido para a escolha do candidato foram as prévias. Faz seis meses que nós adotamos as prévias. Os pré-candidatos se reúnem e conversam. Quem quiser ser candidato pelo PSDB tem de se inscrever e ir para as prévias”, completou.

Tripoli também disse não ter recebido nenhum sinal pedindo para que recue da decisão de disputar. “Vou até o fim”, afirmou.

Matarazzo declarou que continua trabalhando em favor de se disputar a eleição interna. “Quantas vezes ela (a possibilidade de Serra se candidatar) não surgiu no decorrer dos últimos seis meses? É um processo natural”, disse. “Ele tem dito que não é candidato, mas as coisas não são fixas. Precisa ver o que ele decide, o que o governador decide e o que o partido decide.”


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